Quando o Obstáculo é Você!
- nardemindmentoring
- 2 de dez.
- 13 min de leitura

7 sinais que estão travando sua carreira
Há momentos na vida profissional em que tudo parece estar no lugar certo, como uma experiência sólida, histórico respeitável, boa reputação, entregas consistentes, e mesmo assim, aquela sensação incômoda insiste em aparecer: “Por que eu não avanço? Por que as oportunidades parecem sempre chegar para os outros?”
É natural buscar explicações externas, culpando o chefe, a empresa, o mercado, a falta de reconhecimento. Mas há um ponto crítico, e profundamente libertador, que quase ninguém ensina, e que raramente temos coragem de encarar, pois às vezes, o maior obstáculo está dentro de nós mesmos.
Não falo de incompetência nem de falta de talento. Falo de padrões invisíveis, comportamentos automáticos, micro decisões diárias e hábitos emocionais silenciosos que, somados ao longo do tempo, criam uma barreira quase imperceptível entre quem você é e quem poderia ser.
A verdade é que as carreiras não travam de um dia para o outro. Elas travam lentamente, por acúmulo de pequenas negligências internas que passam despercebidas até que o impacto se torne inevitável.
Neste artigo, quero que você faça uma jornada de auto lucidez. Não para se culpar, mas para compreender. Porque só podemos transformar aquilo que reconhecemos. E à medida que avançarmos, você perceberá que esses sinais não são uma sentença e sim convites. Convites para um novo tipo de responsabilidade, mais madura, mais consciente e mais alinhada ao profissional que você precisa e deseja ser para alcançar seus objetivos.
Então vamos para os 7 sinais mais comuns, que são profundos, comportamentais e emocionalmente reais, e que podem estar travando sua carreira sem que você perceba.
1. Você se comunica menos do que deveria! E acredita que “bons resultados falam por si.”
Vou começar com uma ironia: “Você se comunica menos do que deveria. Acredita que bons resultados falam por si. Assinado: Elpidio Luiz de Narde.”
Eu resolvi abrir a lista dos principais erros com esse que foi um dos maiores erros da minha carreira. E não falo isso para enaltecer meu trabalho ou mesmo me auto promover. Falo porque me custou caro e demorei para acreditar que somente boas entregas não eram suficientes.
Por anos entreguei resultados impecáveis, com métricas sólidas, equipes engajadas e projetos concluídos antes do prazo. Mesmo assim, eu via profissionais com entregas inferiores, menos consistência e menos maturidade sendo reconhecidos enquanto eu ficava de lado.
E por quê isso acontecia?
Porque bons resultados não falam por si. Eles apenas sussurram. Quem realmente fala, e bem alto, é a sua presença, sua comunicação, sua capacidade de mostrar impacto.
Acreditar que “quem trabalha bem aparece” é uma armadilha muito perigosa, e trata-se de um erro cruel, pois ele torna invisível, te tira do jogo e pode fazer sua carreira andar para trás, mesmo quando você está entregando o melhor trabalho dentre seus pares.
Um dos maiores equívocos de muitos profissionais, seja você iniciante ou já experiente, é acreditar que qualidade técnica basta. Não basta mesmo!! Acredite.
O mercado premia quem entrega, mas promove quem comunica com clareza, presença e intenção. Se sua postura é discreta demais, se você evita falar sobre seus projetos e entregas, se você não compartilha aprendizados ou não se posiciona nas reuniões, saiba que isso não é humildade, mas sim uma clássica ausência de estratégia de carreira.
E por que isso trava sua carreira?
Porque, sem presença, você se torna invisível. E profissionais invisíveis raramente são lembrados nos momentos das decisões importantes.
Como contornar isso?
comece comunicando (mais) o progresso dos seus projetos e entregas;
compartilhe pequenas vitórias e lições aprendidas com o time; aproveite momentos de pausa, como café, almoço e conversas de corredores para falar sobre o que tem feito e o que tem aprendido com isso;
treine sua participação em reuniões, pensando no tom de voz, no olhar, e na forma e clareza que irá comunicar suas ideias.
Você não precisa ser o mais falante e tampouco pode ser o mais calado. Você precisa ser percebido.
2. Você evita conflitos! E isso faz você parecer indeciso ou emocionalmente frágil.
Evitar discussões é humano e muitos de nós realmente não gostamos de entrar em conflitos, ainda mais no ambiente de trabalho. O desconforto é real nos momentos onde o clima pesa, logo depois de uma divergência, a tensão que se instala na sala, a sensação de ter que sustentar um posicionamento diante de olhares que te avaliam. Isso tudo causa desconforto.
Mas no mundo corporativo, evitar todos os confrontos não transmite maturidade; transmite sim ausência de posição. E isso é perigoso, porque passa a imagem de alguém que não sustenta suas ideias. O fato é que decisões difíceis exigem personalidade, coragem e objetividade, e quem foge sistematicamente desse tipo de situação, seja de forma consciente ou não, acaba parecendo emocionalmente frágil ou indeciso.
E aqui entra um ponto que poucos falam e que é difícil de ser trabalhado nas empresas. O conflito em si não é sinônimo de briga, mas sim é sinônimo de clareza.
Porém, se você faz de tudo para evitar conversas difíceis, como quando concorda para não desagradar, quando deixa para depois aquilo que deveria ser dito agora, o que sua liderança e seus pares enxergam não é maturidade, mas fragilidade emocional. E essa percepção pesa. E muito.
No ambiente corporativo, decisões complexas são tomadas todos os dias. E quem não sustenta sua opinião, quem recua diante da primeira tensão, quem evita colocar limites ou discordar com elegância, acaba sendo visto como alguém que ainda não está pronto para liderar.
E outra verdade que preciso dizer é que, quem não enfrenta os pequenos conflitos de hoje, enfrentará os grandes problemas amanhã. Evitar confronto não elimina o desconforto. Apenas adia. E ao adiar, você transfere para outras pessoas a responsabilidade sobre a decisão, desgastando sua reputação, sua credibilidade e transmite a sensação de que você precisa ser “protegido” ou “guiado”, quando na verdade, você poderia, ou deveria, estar conduzindo.
Como contornar esse padrão:
Comece encarando micro conflitos. Para isso, alinhe expectativas, corrija rotas sempre que necessário e adote o hábito de discordar com respeito.
Em conversas difíceis, antes de falar, pergunte-se “Qual é o ponto essencial que eu preciso garantir aqui?” E com isso em mente, comece a defender sua ideia.
Mantenha firmeza sem agressividade. Lembre-se que você não precisa levantar o tom, apenas sustentar o raciocínio.
Da mesma forma, limites colocados com respeito são percebidos como sinal de maturidade, não de dureza.
O ambiente profissional valoriza quem constrói e mantém relações, e para fazer isso, é preciso sustentar suas ideias, seus critérios e sua visão, mesmo quando há pressão, tensão ou divergência no ar.
E quase sempre, estes ingredientes estão presentes. Portanto, aprenda a trabalhar essa questão.
3. Você busca perfeição! E entrega menos do que poderia.
A perfeição parece uma virtude, mas na prática pode funcionar como uma paralisia sofisticada. Profissionais que buscam a perfeição acabam gastando energia demais lapidando detalhes que não movem o ponteiro do resultado, ou ajustando o que muito poucos percebem, revisando o que já estava bom e tentando controlar variáveis que simplesmente não estão ao alcance de ninguém.
A questão é que, enquanto você fica ajustando detalhes de pouco impacto, o tempo continua avançando, o mercado mudando e as oportunidades passam. No mundo corporativo não existe prêmio para quem acerta tudo. Existe sim o reconhecimento para quem entrega com consistência, no tempo certo e focado no que realmente importa. A busca por este tipo de perfeição não acelera sua carreira. Ela desacelera. E muitas vezes transforma profissionais extremamente competentes em pessoas que vivem atrasadas, ansiosas e sobrecarregadas.
Você precisa compreender que o perfeccionismo cria um ciclo perigoso, uma vez que, quanto mais você tenta acertar cada detalhe, mais medo você tem de errar. E quanto mais medo tem de errar, menos arrisca; e quanto menos arrisca, menos oportunidade de crescer. E não há evolução sem risco. Não há crescimento sem exposição, sem sair da sua zona de conforto. E acima de tudo, não há reconhecimento sem entrega.
Por isso, um dos atos mais libertadores para a sua carreira é aceitar que “bom o suficiente” não é mediocridade, é estratégia. É saber onde investir energia e quando parar. É compreender que o tempo de resposta, a capacidade de execução e a habilidade de simplificar são mais valorizados do que apresentações perfeitas, relatórios impecáveis ou projetos repletos de minúcias.
Profissionais que crescem rápido não são os que fazem tudo perfeito, são os que fazem o que é necessário e imprescindível, entregam no prazo, ajustam com rapidez e evoluem continuamente.
Por que isso trava sua carreira?
Porque o perfeccionismo pode criar lentidão, protelar entregas e esconde um medo profundo de errar. E quem teme errar arrisca menos, aprende menos e consequentemente, cresce menos.
Como contornar?
antes de começar um projeto, defina o que é “bom o suficiente”. Identifique claramente quais são os entregáveis mais relevantes e foque neles.
priorize o impacto, atente-se para a estética, mas não se prenda nela.
entregue, revise, melhore, em ciclos curtos. E siga evoluindo.
4. Você não pede feedback! Sem perceber, “protege” seus próprios pontos cegos.
Pedir feedback deveria ser uma ferramenta natural do desenvolvimento profissional, mas para muita gente é um enorme desafio emocional. Existe um medo silencioso de ouvir algo que incomoda, de descobrir que nossas certezas têm falhas, de encarar que aquilo que acreditamos dominar talvez não esteja tão sólido assim. E é exatamente esse medo que cria um efeito colateral perigoso, pois ao evitar feedback, você involuntariamente protege seus próprios pontos cegos.
O problema é que aquilo que você não enxerga sobre si mesmo costuma ser justamente o que mais impacta sua reputação. Pontos cegos não prejudicam apenas a qualidade do seu trabalho. Eles prejudicam a forma como as pessoas o percebem, e que no fim das contas, é o que define oportunidades, confiança e crescimento.
Feedback não machuca. O que machuca é descobrir tarde demais o que poderia ter sido ajustado meses ou anos antes. Enquanto você evita se expor, padrões negativos continuam operando em silêncio. Um traço de comunicação que irrita, uma postura que gera insegurança, um comportamento que passa a impressão errada, uma tomada de decisão que sempre repete o mesmo erro. E nada disso melhora porque nada disso é visto ou mesmo falado.
E aqui está outro ponto crítico que não nos contam: ninguém evolui sozinho. O olhar do outro funciona como um tipo de espelho, daqueles que muitas vezes revelam o que nossa autoproteção não permite ver. É justamente por isso que profissionais de alta performance pedem feedback constantemente e costumam contar com o apoio profissional de mentores e coaches. Não porque têm baixa autoestima ou são inseguros, mas porque têm maturidade e consciência para compreender seus próprios limites, e assim, buscam ajuda para superá-los.
Como contornar esse padrão?
Adote a prática de pedir feedback específico: perguntas vagas geram respostas vagas. Pergunte “como posso ser mais claro?” e não apenas “o que achou?”.
Anote, reflita e aplique rapidamente: o respeito nasce quando as pessoas percebem que você realmente usa o que ouve. Portanto, ao perguntar, esteja aberto para seguir as sugestões que lhe foram dadas.
Mostre evolução: quando alguém te dá um ponto de melhoria e, semanas depois, vê você aplicando, a credibilidade cresce imediatamente.
Profissionais que pedem feedback com naturalidade não demonstram fragilidade, mas sim demonstram coragem. A coragem, no mundo corporativo, é sempre percebida como um aspecto importante de uma boa liderança.
5. Você reage emocionalmente. Ao invés de responder estrategicamente.
Momentos de pressão funcionam como holofotes. Eles não criam nada de novo, apenas revelam o que já está ali. É nessas horas que padrões emocionais se manifestam, como a irritação rápida, a impulsividade, respostas defensivas, a necessidade de ter razão ou mesmo aquela tendência silenciosa de levar tudo para o lado pessoal. Quando isso acontece, não é a lógica que está conduzindo sua carreira, e sim o seu estado emocional. E deixar que isso aconteça é extremamente arriscado.
Profissionais que reagem no impulso passam uma mensagem inconsciente de imaturidade. A pessoa pode até ser competente tecnicamente, mas o impacto emocional das suas respostas mina sua credibilidade.
E dentro de qualquer empresa, credibilidade é o ativo invisível que sustenta promoções, oportunidades e confiança. Pois ninguém entrega um projeto complexo, um time em expansão ou uma área estratégica a alguém que perde o equilíbrio com facilidade.
O maior problema das respostas emocionais não é o erro que elas possam vir a gerar, mas a interpretação que criam. Uma reação atravessada pode rotular alguém como instável. Uma resposta ríspida pode ser interpretada como falta de preparo ou arrogância. Um comentário impulsivo pode ser entendido como falta de inteligência emocional. E esses rótulos, uma vez instalados, são muito difíceis de remover.
Responder estrategicamente não significa neutralizar emoções, mas não permitir que elas decidam por você. Significa criar um pequeno espaço entre estímulo e resposta, pois é nesse espaço que mora a liderança emocional.
Como contornar esse padrão:
Respire antes de responder: uma pausa de três segundos é mais poderosa do que possa parecer.
Nomeie a emoção: dizer mentalmente “estou frustrado” ou “estou ansioso” reduz o impacto imediato da reação.
Pratique a pausa consciente, mesmo em situações tensas: é melhor pedir um minuto do que entregar uma resposta da qual você se arrependerá.
Dominar suas emoções não é suprimir o que você sente, mas sim escolher como quer responder. E essa escolha, repetida ao longo do tempo, transforma sua reputação, fortalece sua presença e amplia sua capacidade de liderar.
6. Você pensa pouco sobre reputação. E muito sobre tarefas.
Muitos profissionais acreditam que carreira se constrói apenas com boas entregas e bons resultados. Faz sentido à primeira vista, já que cumprir tarefas, bater metas, fechar projetos e entregar resultados parece ser o caminho natural do crescimento. Mas essa é apenas parte da equação da promoção profissional. A outra parte, que é a mais silenciosa e a mais poderosa, é a sua reputação.
Sua carreira não avança apenas pelo que você faz, mas, principalmente, pelo que você representa. E essa representação não nasce nos grandes momentos. Ela nasce nos bastidores. Ela se forma nos e-mails que você envia, no tom com que fala com as pessoas, na forma como reage sob pressão, no seu comprometimento com prazos, na sua postura em reuniões rápidas, nos detalhes que quase ninguém comenta, mas que quase todos observam, percebem e tiram suas conclusões.
Lembre-se que sua reputação é construída nos pequenos gestos. E pequenos gestos, repetidos ao longo do tempo, constroem grandes percepções.
O erro aqui é pensar que reputação é algo automático, e que basta trabalhar bem que tudo acontecerá e sua reputação será bem construída. Não é bem assim que funciona! Reputação é intenção, é consistência, é presença. É mais ainda, é a soma de tudo aquilo que você demonstra quando acha que ninguém está observando.
Por que isso trava sua carreira?
Porque as tarefas mudam todos os dias, mas a reputação fica. Ela acompanha você por anos, para cima ou para baixo. Uma tarefa mal feita pode ser corrigida. Já uma reputação mal cuidada é muito mais difícil de reverter.
E como você já deve saber, no mundo corporativo, ninguém promove apenas quem entrega bem. As pessoas promovem quem transmite confiança, seriedade, estabilidade, maturidade e coerência. Ou seja, promovem pela reputação.
E como contornar esse padrão:
Cuide da imagem que seu trabalho transmite: sua entrega não é apenas o que você faz, mas o que as pessoas percebem que você faz. Muito importante isso aqui.
Mantenha coerência entre discurso e comportamento: nada fortalece mais a credibilidade do que alguém que faz exatamente o que diz.
Entregue antes do prazo sempre que possível: pontualidade não é sobre tempo, é sobre confiança.
A reputação sempre chega antes de você. Ela abre portas pra você, ou fecha, sem que você perceba.
7. Você não investe em networking. E acredita que “não precisa de ninguém.”
Muitos profissionais ainda veem networking como favoritismo, troca de interesses ou aproximação artificial. Essa visão limitada cria um distanciamento perigoso, que é acreditar que crescimento é mérito exclusivamente individual, fruto apenas de esforço próprio. Mas nenhuma carreira sólida se constrói de forma isolada.
Networking não é sobre puxar saco nem sobre pedir favores. Networking é sobre visibilidade, reconhecimento e amplitude de oportunidades. É sobre estar conectado a pessoas que podem abrir portas, indicar caminhos, compartilhar conhecimento ou simplesmente lembrar do seu nome quando algo interessante surgir.
Quando você não investe em relacionamentos, sua carreira fica limitada ao alcance do próprio braço. Você trabalha duro, entrega bem, se dedica, mas tudo isso acontece dentro de um perímetro muito pequeno. E quanto menor o seu raio de alcance, menor a chance de ser visto, reconhecido ou convidado para algo maior.
Por que isso trava sua carreira?
Porque as melhores oportunidades circulam em redes de confiança, não em murais de vagas. Promoções, convites, projetos especiais, mudanças estratégicas, quase tudo passa por recomendações, indicações e lembranças espontâneas. E quem não está presente nessas redes simplesmente não é lembrado. Não por falta de competência, mas por falta de conexão.
Networking não é sobre ter contatos. É sobre construir confiança com consistência.
Como contornar esse padrão:
Converse com colegas fora do seu círculo imediato: amplie suas fronteiras naturais.
Participe de eventos, fóruns e grupos da sua área: presença gera lembrança.
Ofereça ajuda antes de pedir qualquer coisa: reciprocidade é o alicerce das relações de valor.
Networking não é pedir favores, mas sim cultivar relações que fazem você crescer enquanto você faz os outros crescerem também.
Profissionais que se conectam mais, crescem mais. E isso não acontece por terem alguma vantagem, mas por terem amplitude.
O maior ato de coragem profissional é olhar para si mesmo
Reconhecer e trabalhar esses sinais não é algo tão simples. Eles tocam em aspectos sensíveis da nossa identidade profissional, da nossa forma de se comunicar, reagir, decidir, nos posicionar e até na forma como nos relacionamos. É desconfortável admitir que alguns dos obstáculos que enfrentamos foram criados por nós mesmos. Mas também é profundamente libertador perceber que, quando o obstáculo é interno, a solução também é.
A carreira profissional não trava de um dia para o outro. Ela trava silenciosamente, por meio de padrões que repetimos sem perceber, escolhas automáticas, hábitos que um dia fizeram sentido, mas que hoje nos limitam. Trava quando deixamos de nos observar, quando funcionamos no piloto automático, quando acreditamos que competência é suficiente e que amadurecimento emocional é opcional.
Só que o mercado mudou. A liderança mudou. As relações de trabalho mudaram. E quem ainda opera no modelo antigo, focado apenas em tarefas, resultados e técnica, inevitavelmente acaba ficando para trás. A nova economia exige algo muito mais sofisticado, como autoconsciência, presença, comunicação, maturidade emocional, coragem e estratégia.
Esses sete sinais sobre os quais falamos não são críticas. São espelhos, e estes não nos julgam, apenas revelam quem somos.
Revelam onde você está. Revelam o que você pode mudar. Revelam o profissional que você pode se tornar se tiver coragem de ajustar o que precisa ser ajustado.
E acima de tudo, revelam uma verdade essencial, que precisamos entender: ninguém cresce sozinho. Carreira não é um jogo individual. É uma jornada feita de escolhas, exemplos, conversas, correções de rota e referências. Todos nós precisamos de alguém que enxergue o que não vemos, que aponte caminhos que ainda não consideramos, que desafie nossas crenças e que nos ajude a organizar aquilo que sentimos, queremos e buscamos.
É por isso que planejamento de carreira não é luxo, é sobrevivência. É por isso que observar bons líderes não é admiração, é um ato de aprendizagem. E é por isso que ter um mentor não é privilégio, é estratégia.
Um mentor não vive a sua vida por você. Ele ilumina os trechos escuros, acelera processos, evita desvios desnecessários e ajuda você a assumir o protagonismo que talvez tenha abandonado pelo caminho.
Se esses sinais fizeram você pensar, ótimo. A reflexão é sempre o primeiro passo. O segundo é agir. Porque nenhuma carreira avança com força e velocidade enquanto o maior obstáculo está do lado de dentro.
Mas justamente por estar dentro, ele é o único que você tem total poder para transformar. Pense nisso!!




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